Há quanto tempo me roubaste as palavras?
Há quanto tempo me roubaste as palavras, imbecil?
Porquê tantas dores em cada passo dado
instantes passados
E ultrapassados pela realidade?
Há quanto tempo não digo a mim mesma a verdade
E me condeno a discos de vinil riscados
À mesma repetida melodia de saudades?
Há quanto tempo sorrio à noite por sonhar contigo
E finjo de dia que és mais um amigo
Daqueles que se confundem no rol da vida?
Ou há quanto tempo me finjo distante
Evitando o teu nome quente
Que derrete as ruas por onde caminho
Já se passou tanto tempo
E no entanto foi ontem, hoje, agora,
Num imediato de loucura... numa abstração minha e jamais tua.
Há quanto tempo exactamente, palhaço
Anseio pelo esboço daquele abraço
Daquele beijo doce
Do que quer que fosse.. uma sombra tua
Uma delícia da tua pele
Uma carícia daquele que não esqueço
daquele que não escolho..
E à quanto tempo olho para o teu nome
E contrariada
Não digo nada.
Há quanto tempo me roubaste as palavras?
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