Que belo par de mamas vs Que belo pai para os meus filhos

Sim, há muitos e muitos anos que os homens se sentem no direito de dizer qualquer coisa à mulher que passa. Quer tenha micro-saia, cai-cai, sapato alto e meia de renda, ou calças largas e blusão. É assim, tem um par de mamas e outras coisas... cujo o volume não se vê, mas que se adivinham. São mulheres. Ai e não me digam que não, que já ninguém diz nada. Porque é vê-los, quando vêm uma menina passar. É vê-los quando vêm uma menina sentar-se com umas calças de cintura baixa. Já não vos basta os olhares de esfomeados, mas os comentários meus senhores, os comentários!!
Diz o meu pai que o homem sempre foi reprimido em termos de sociedade contra os seus impulsos sexuais. Que as meninas se não querem ouvir comentários, que não vistam calcinhas, que não usem blusas de alças, que usem sapatilhas pretas - já agora que usem burka - para esquivarem os olhares e as palavras. Pois visto assim, o homem, que sem um instinto sexual (segundo o papá) muito mais aguçado que a mulher (feita para procriar e cuidar das crias) não consegue evitar a sua animalidade, escape para todas as convenções e regras que lhe foram impostas ao longo dos tempos. Assim, quando a mulher se tapa, está não só a proteger o seu corpo e (sim...) integridade, mas também a ajudar o homem a não ultrapassar os seus limites.
Ora amigos que pensem assim ou tenham solidariedade sobre este ponto de vista, deixem-me elucidá-los de algumas coisas (sim, na defensiva, porque me ofende como ser humano do sexo... SEXO feminino). Vejamos. Queridos, (e/ou queridas) a mulher também sofreu muito com as convenções e regras. E sofre amores. Lá por elas serem à séculos educadas para serem mães, donas de casa, cuidarem dos maridos, ajudarem-nos... não quer dizer que, em alguma parte do seu ser, não se sentirem mal por não serem amantes. Ai sentem-se digo-vos por exemplos que já testemunhei. Sentem-se mal, mas compensam-no com o papel que lhes ensinaram - de mãe carinhosa, que tudo compreende, que tudo aceita, que zela pelos filhos e pea compreensão. Sim, as mulheres são dóceis, companheiras, e tolerantes. Será por isso que as mulheres têm de ajudar os homens a controlar a sua animalidade??
Depois, doces do meu coração, mas quem foi que vos disse que uma rapariga não se passa quando vê um rapax todo bom, uns peitorais decentes, um bom cu, uns musculos bem defenidos, uns olhos azul-esverdeados e uma cara de deus? passam-se... mas claro, só dizem umas às outras não mandam piropos. Que agora até já mandam FELIZMENTE, ATÉ QUE ENFIM. Mas não devem - porque numa sociedade, para se em viver em conjunto, como em qualquer relação com qualquer pessoa animal ou planta, há cedências das duas partes. E como ser que é essencialmente social (leiam-me livros de sociologia) para viver com outros o homem teve de controlar muitas das coisas que eram a sua natureza mais primitiva. E isso inclui controlar a resposta a impulsos sexuais, e até muitos impulsos de outros tipos (falando em geral). Hoje em dia as mulheres são muito mais livres sexualmente. As mulheres e todos. Há homosexuais assumidos que andam de cabeça erguida na rua, há drag-queens, travestis, transexuais. E a palavra que mais odeio é anti-natura. Se não é anti-natura homens andarem com homens (pelo exemplo que ouvi, porque os homens são como as fichas eléctricas - que... hum... tem tudo a ver com natureza) ou os homens andarem de saias (outro argumento fantástico... porque se as saias fossem para homens teriam berguilhas) ou as mulheres andarem com mulheres (porque o único propósito da vida delas deveria ser a procriação - as que nem querem ter filhos, ou não podem, que se matem); digamos: é anti-natura ser padre? É anti-natura cortarem o cabelo e as unhas e os pelos se é natural eles crescerem? É anti-natura pintar os olhos? Anti-natura viver em casas? Anti-natura usar chinelos, sapatilhas e sapatos e botas? O homem é um ser sociável mas é um indivíduo com necessidades, sonhos e mundos individuais... e tem de responder às suas necessidades que essas sim, lhe são essenciais individualmente, e lhe trazem felicidade. A sexualidade de alguém não deve ser escondida, e não deve ser rejeitada, punida, sobrevalorizada. Mas dizer piropos na rua não é assumir a sua sexualidade, é responder a um impulso sexual que vai prejudicar a vida das outras pessoas na sociedade, por estas serem quem são e assumirem-no. Podem muito bem pensar "Gaja Boa, belo par de mamas, epah e akele cu!". Mas não, não podem dizê-lo alto. Porque também se pode pensar "Gajo Nojento, que horror, litros de gel, marcas de borbulhas" mas não se diz alto. Mesmo que depois se converse sobre isso. Chama-se respeito, isso sim é bom, e toda a gente gosta.
Eu também quando vejo um gajo a tirar a blusa depois de um jogo de futebol me sinto mais que tentada, com calores e tudo. E sim, já andei com uns quantos rapazes, não gosto da palavra namorar, tenho medo de compromissos, não me vejo a casar ou a ter flhos, mesmo que às vezes pense nisso. Já passei (muitas e muitas vezes) na rua com blusa de alças e senti olhares indiscriminados (pa mim, que quase n tenho mamas). Já andei de calças largas como a minha cintura e diziam-m "Oh... se tivesses umas calças justinhas para te ver a tanga!!". Já me chamaram puta imensas vezes, e já o pensaram mais umas quantas. Já cheguei à conclusão por experiência própria, que um gajo que anda com 40 é ganda gajo, consegue-as todas, e uma gaja é gannda puta, tem uma caverna no meio das pernas. Já ouvi da bouca de muita gente "Oh, que mal andaste com n sei ktx, mas eu não me importo queres curtir comigo" e depois "Oh, mas não quero andar contigo à séria, pk já andaste com tantos..." isso é o quê medo de comprarações? de serem mais um? Então correm em busca da mulherzinha que acredita em sexo como meio de procriação, em ser carinhosa, caridosa, sempre compreensiva? Ai depois queixem-se e vão à casa de putas.
Bem, já falei de muita coisa e não sei se disse o que queria dizer. É o seguinte. Eu quero ser tolerante, e respeitar as pessoas. Acredito seriamente que o respeito é essencial à vida, à liberdade. E que as pessoas tem, n entanto, direito às suas opiniões e liberdade de expressão. Ás vezes tenho dificuldade em engolir certas opiniões, mas tento fazê-lo, e faço-o quase sempre, porque cada pessoa pensa como pensa e uma coisa tem sempre vários aspectos que podem ser vistos de maneiras diferentes. Mas parte essencial da vida, liberdade e respeito é o controle sobre os nossos impulsos. Não todos, não de uma forma doentia. Mas nenhuma mulher deve ser considerada culpada dos piropos da rua, só estando mesmo de sutian e cuecas (e nunca viram bikinis??), ou toda nua (o mesmo para um homem); Os homens e as mulheres devem controlar os seus impulsos de mandarem piropos não para pouparem o "piroupado" mas para respeitarem a ordem da sociedade em que vivem (não gostem, bazem e vivam na caverna); Eu devo compreender as opiniões de quem acha que os velhos que mandam piropos na rua têm razão qd vêm mini-saias (n kerem ouvir, n usem - que se lixe a liberdade) as que dizem que o homem é mais animal e não se pode controlar, logo vê uma gaja boa comó milho, viola-a, mas a culpa tb foi dela pk tinha a tal mini-saia (ganda dxculpa, tb eu n m posso controlar eu "violo" a namorada do meu amigo, animalidade seve como desculpa?) respeito quem diz que ser homosexual é incompreensível (será que sabes o que são desejos sexuais, um bocado anormal mudá-los? se gostas de uma posição e te obrigam a fazer outra que odeias, farias só para que te aceitassem, comprometendo o teu prazer?) ai... não sei. Acho que não. Mas têm direito de pensar isso, por motivos religiosos, morais, psicológicos, familiares... não têm direito a excluir, marginalizar, generalizar, porque são diferentes, mas são pessoas. Sim, as mulheres são diferentes dos homens - não isso não dá o direito a nenhum de justificar comportamentos que transgridem as regras que moderam o bem estar na sociedade.
Eu sei como as mininas se derretem aos pés dos gajos, mas sei como brincam com os seus sentimentos de uma forma cruel, provocadora sem sentimentos, má mesmo. Sei como os gajos mandam piropos mas sofrem de insegurança crónica, gostam delas, querem ser o seu princípe encantado. Não há pessoas perfeitas, há de sempre escapar um piropo aqui e ali, um olhar, uma apalpadela no cu. O importante é tentar evitar quando a graçinha do flirt se torna abuso e transgressão.
Só mais uma coisa. Queria falar de uma coisa que me anda a perturbar à uns tempos que pode (ou não) ter a ver com isto: Podem os homens ser verdadeiramente amigos das mulheres? (mais uma vez, o papi diz que não - talvez por isso ele não tenha amigas). O meu pai diz que os homens só pensam em sexo e que isso comanda toda a sua vida. Se vêm uma mulher, pensam sexo; se vêm uma velha pensam não-sexo; se pensam uma criança ou uma grávida pensam já houve/haverá sexo. Ai isso é reduzi-los a sexo, e na minha opinião, há rapazes que são muito mais que uma boa queca, que são amorosos, atenciosos, querridos (e não, não estou a falar só de gays). Eu acredito sinceramente, de todo o meu coração que possa ser uma boa amiga de um rapaz. Alíás, eu tenho bons amigos, muito bons amigos, alguns com os quais já tive cenas, e são meus amigos, meus manos, meus confidentes. Mas posso eu iniciar uma relação com um rapaz que não pondere sequer a hipótese de ter algo comigo? É assim, eu não me tenho em grande estima mas mesmo se tivesse não contava que todo o homem andasse a kerer algo comigo! E se eu me atirasse? Há algum homem que resista a um flirt de uma amiga? (Isto é uma pergunta MESMO, porque não sei). Sei sim. Eu sei que há. Eu conheço. EU POSSO SER GRANDE AMIGA DE UM HOMEM HETEROSSEXUAL. Não sei se não tenho sorte por não ser uma modelo de metro 70, loira, alta de olho azul. Porque por mais que fosse inteligente e culta, o primeiro olhar seria para o meu bom par de mamas. Se calhar por ser assim normalzita borbulhosa e meio extranha, fui abençoada com amigos verdadeiros que sei que gostam de mim pelo que eu sou e não como sexo feminino. Mas pela mais básica essencia do meu ser. Não queremos todos que gostem de nós pelo que nós somos? Têm surgido no entanto alguns rapazes que me vêm não como amiga, ou só como uma amiga mas como futura curte e queca. Lamento informar que odeio terminantemente isso e assim que me apercebo fujo a sete pés (só não o faço quando percebo que até são pessoas incríveis, e aí tento preservar a amizade que apenas começou... no pé errado - ou no cérebro errado). A minha mãe diz que eu só me dou com homosexuais, pessoas estranhas ou futuros pastores. Talvez porque são pessoas com quem eu tenho conversas decentes sem o medo de me aproximar de mais, de dar ideias erradas, de dar a ideia que estou a dar corda a alguém. Eu não percebo muito rapidamente que estão interessados em mim, então talvez me ria das piadas porque echo mesmo que têm graça e me deite no colo pk precisava de mimos e não de um linguado. Como sei que ninguém vai ler este gigantesco post, posso dizer à vontade: eu gosto mais de amigos do que de namorados. Como não nasci (aparentemente) para relações duradoiras, tenho aquela impressão que só os meus amigos é que me aturam por mais de três meses. De resto, ou eu tenho um feitio muito difícil ou há pouca gente com paciência. Sinto-me segura a desabafar com um amigo as minhas teorias existencialistas feministas libertinas. Sei que ele me ouve por que é meu amigo, pk se interessa e não porque me atura pk gosta de mim ou me ker comer. Se conheço rapazes nos quais estou interessada e que não meus amigos mas duvido que mostre porque me controlo bastante bem. Mas quero-os como amigos antes de namoradinhos.
Conclusão "ehhhhehhhh" há homens que a unica coisa q vêm a frente é um bom par de mamas. Há mulheres que só procuram um belo pai para os seus filhos e depois deixam de ser tudo e passam a ser mães. Há homens que só vêm uma boa pila. Há mulheres que só vêm um bom par de mamas. Há mulheres que só vêm uns bons peitorais. E há homens e mulheres que têm, querem e vêm muito mais. Mas ninguém tem o direito de comentar em voz alta, importunando o seu semelhante por algo que os excita a eles como indivíduo e que sabem que vai ofender (se não sabem, imaginam) e depois culpar a animalidade. Não se controlam para não mijarem nas calças? Controlem-se e respeitem as escolhas dos outros.

P.S.: Aproveito-me desde já para dizer que é possivel que se reconheçam no texto, adoro os meus amigos, vocês sabem quem são; Adoro as pessoas que se têm oferecido voluntariamente para ser meus amigos; adoro os que me aturam sem 2ªs 3ªs 4ªs e etc intenções sejam de que cariz forem; adoro-vos por me aturarem, por serem como e quem são. Gosto de vocês, cada vez mais!!!

P.S.2.: Desculpem as pessoas com quem são intolerantes, se me avisarem ey tento corrigir, desculpem eu não ser simpática muitas vezes, simplesmente presumo que voces saibam que eu axo coisas simpáticas de voces se não não saia com voces nem conversava (não sou hipócrita), desculpem os estereotipos, desculpem não fazer tudo o que me dizem, e irritar-vos com dúvidas anormais.