sábado, maio 27

E finalmente, foi feliz fara sempre até à próxima vez

Estendeu-se no cimento e olhou para as nuvens que se amontoavam nos cantos das árvores. O dia coloria-lhe o rosto e o corpo abandonado no chão aquecia-lhe as veias... Cheirava a cerejas euvas. Na mão guardava um pedaço arrancado do seu coração. Mas ela sabia que só agora podia ser feliz, e o seu coração? Havia de sarar assim como a sua alma já o tinha feito...

Ficou lá só alguns instantes. Levantou-se sem tonturas avulsas e rodou a sua saia de folhos cor-de-laranja.

O mundo é tão lindo - disse gritando até que as folhas tremessem

É uma pena tê-lo desperdiçado ao passar tanto tempo...
Contigo (como uma massa gosmenta no cérebro.)
Não lhe doia mais, e as lágrimas eram de alegria.
Foi de um momento para o outro, como a indecência manda.
Nunca mais.

Sem comentários: