quinta-feira, junho 1

E com mel não se apanham só as moscas

A sua pele é morena e dourada e brilhante do mel que derrete na estrada atrás de cada passo seu. E com desembaraço e certa naturalidade caminha e voa e dança como uma fada-criança no corpo de uma beldade adulta. Tem mãos de princesa e figura esguia, seios perfeitos, olhos direitos e cabelo espumoso. Não provoca nem riso nem gozo, mas um certo olhar invejoso de todos os rapazes que não a têm. É atlética e esbelta sem ser esquelética. Tem olhos negros de mistério e um palavreado sério para usar com os mais filosóficos. Tem sempre dinheiro na carteira e ajuda na algibeira para quem precise dela. Tem uma ingenuidade sábia, um não sei o quê de criança que levanta toda a experança nos olhos deste, e daquela. É uma alma livre, e vive como se cada dia fosse o penúltimo. Numa nuvem de fumo também é a mais alegre, divertida e um mundo de espontaneidade. E nas noites de verdade chora lágrimas delicadas, mais uma vez como a das fadas, guardando na mão a frienza de jade.

É verdade, é mel.

(Cada vez gosto menos dela.)

Há algo nas pessoas quase-perfeitas
De quem toda a gente gosta
Que me faz desconfiar.

1 comentário:

Anónimo disse...

A perfeição cansa...e não é natural...é como o iogurte de aroma, n dá pa comer smp o mesmo...mas o natural marcha sempre, com a vantagem de poderes pôr lá dentro o que te apetecer!

lol...passamento