segunda-feira, julho 10

Só lhes sinto o odor com os ouvidos

As mais belas palavras, nunca vos direi.
Porque nem eu sei, se as sei de cor
Ou se de sarapintado (como as sardas que salteiam no meu nariz)

Porque as palavras mais bonitas, não estão nas sintonias fonéticas
Nem nas estéticas, nem nas rimas (não se enganem)
Não estão nas definições patéticas que o ser humano faz de tudo
e mais alguma coisa.

E jamais num livro alguma vez transcrito.

As mais belas palavras ainda não foram inventadas
E nem precisam. Estão espalhadas pelos momentos
Entre as moléculas de sentimentos,
Da pureza de algum sorrir.

E como ja tenho dito...
Para quê fazer sentido,
quando podemos sentir assim
as palavras mais bonitas?

Não é palha. É tocar com o invisível aquilo que não é palpável.

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