Só
Nem sombra, reflexo ou miragem surgem de muitos alguns ou poucos.
Na noite, enorme que reduz tudo em seu redor como um deus que prostras diante de si a sua criação, o sonho vagueia em busca da sua realização ao esquecimento.
A noite que arrasta também os corpos, enérgicos ou inertes para um destino previsível ou não, consoante os seus caprichos.
E só, vejo o mundo viver, ainda que, aparentemente adormecido das suas razões e oportunidades.
E é só que espero, anseio pelo libertar do vento que arrasta as palavras escondidas. O vento e o seu segredo atraem a solidão, como um íman e seu oposto, um doce que é oferecido a uma criança.
Uma breve claridade desperta no horizonte, anunciando o nascer de um novo dia, e talvez ainda haja esperança.
Sem comentários:
Enviar um comentário