quarta-feira, agosto 30

A minha vida dava um livro…

Muitos ouvi já dizer. A minha vida dava um livro. Talvez uns poucos.
Revejo por vezes a minha irrisória vida se compara com romances fantásticos mas preenchida de experiências, algumas que, luto ainda para superar e às quais não encontro causa ou semelhança.
Penso na intensidade de sentimentos que todos sentimos, ou não. Ou que talvez só eu cale, abafando aquela cor, o teu aroma e palavras traiçoeiras.
Vários dias, acreditei que a minha vida desse um livro, começaria quem sabe com o período mais mágico do dia, a noite.
Se lesses isto, se por acaso gostasses de ler ou te interessasses por coisa alguma com a mínima importância saberias de que noite te falo. A noite em que começaste a destroçar única coisa que me faz sentir.
Hoje, não sei que fim teria esse livro, não sei se farias parte ou se serias mesmo o seu desfecho. Talvez o lesses, se soubesses que falava de ti, provavelmente não se soubesses como te descreveria.
Um dia, quem sabe acabe por escrever umas tantas páginas, só para teres a oportunidade de saberes quem és e o que representas. Para te poderes gabar de terem escrito um livro onde és uma das personagens principais, sem que a culpa te permita revelar o seu título. Isto claro se existir consciência no teu coração ou cérebro, também não sei onde fica.
Quem sabe um dia sejas realmente uma página virada de um livro que queimaria, como quem a aviva uma lareira num frio de Inverno.

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