A que te cheira a vida enquanto lutas por ela? Sabe-te a doçura, ou a ternura, ou talvez a um abraço suave daqueles que se colam à pele fresca? Ou é uma essência animalesca e cálida, que torra as gotas de suor no rosto, aquelas que nos inícios de agosto te embalam nos lençois alheios? Será uma indiferença nula, uma consciência em vão, sem sombra de inverno e de verão mas só uma temperatura amena que esquece? Ou uma dor que rasga e arrefece a energia, uma alegria dolorosa, um sorriso despedaçado?
A que te sabe a vida enquanto lutas por ela? A sangue, despojos de lutas cortadas, ou às lâminas das espadas que te vão torturando o cérebro? E a alma, e o corpo que pouco a pouco desfalece contra milhares de pregos propositadamente disparados contra o teu peito? Ou será a flores, milhares de amores, mortes por dores invisivelmente concebidas por entre feridas abertas do teu ser?
Ou tens mais que fazer e a luta deixa-se ficar nos teus desejos?
Por qual vida é que lutas? E quantas valerão a pena? E se na vida se engloba a morte, é azar ou sorte que ela te abarque prematuramente?
E quando a vida mente? Lutamos contra ela ou deixas-te ficar indiferente?
Num canto, ouço o pranto de alguém que luta. E penso como a vida é tola e bruta, e simples de tantas formas mais.
Se acreditasse no destino diria-te para lutares contra ele. Se acreditasse em Deus, diria-te para lutares com Ele.
Acredito no momento. Na sensação. No sentimento.
Não sei dizer mais nada... luta pelo que a tua consciência ditar.
segunda-feira, setembro 11
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