Tu
És a lasca das minhas lembranças fúteis
E o nome do meu pensamento,
que morre como as palavras férteis, depois de pronunciadas.
És como as estrelas assassinadas,
Aquelas que empurraram do céu
E só eu te vejo assim, seco e cinzas à minha frente.
És uma dor de dente no cérebro.
És o mundo que eu escondo na cabeça e o abraço quente,
És um sorriso descontente e críticas exacerbadas,
És uma montanha de nadas e beijos desejados,
E és, por fim, todos os meus sonhos afogados
Nas barbaridades que cospes no teu andar suave.
És os esboços desenhados no meu futuro
Se pudesse abater o muro que separa o que disse
Daquilo que a minha boca expeliu.
( E se tu quisesses )
És tudo isto e tanto mais,
como os postais por enviar;
És, e só isso não posso negar,
Porque de resto, finge que não disse.
Porque não disse mesmo, se é que ouviste.
Ups! Sentiste isto?
Foi o meu coração a quebrar.
Mas felizmente, tenho fita-cola debaixo da almofada.
1 comentário:
E quando a fita colada fica tão gasta que passa a ser só... fita...? Será que o coração aguenta? Será que a vontade segura? Ai...
Enviar um comentário