Ou no ping-pong
Ficava sentada, agaichada no canto da parede, com as mãos a agarrarem os tornozelos e a cabeça entre os joelhos. Abanava-se freneticamente para a frente e para trás, como a sua vida. 2 passos para a frente, três passos para trás. Esperava, no entanto, que chegasse atrás de mais e voltasse aquele mergulho pacífico do ventre...
"Por favor, alguém me ajuda?"
Ninguém. Silêncio. Drama. Silêncio. Gritos e um cobertor vermelho. Sempre foi ou 8 ou 80, sempre. Ou sim ou não. Ou sente ou não sente. O vai ou não vai. Extremos. E inveja ou desprezo pelos analógicos, aqueles que passeiam nos trintas. Quero livrar-me de mim.
"Por favor, alguém me ajuda?"
Os
meus
objectivos
são
meramente
interiores´
Os
outros
deixei
para
depois
depois.
E todas as outras coisas estão no zigue-zague.
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