domingo, outubro 29

Saudades

E mesmo assim a noite deslizou sobre os nossos tornozelos nús,
E deixou os invasores raios de luz amarrarem-te à nova era de responsabilidades.

E se a tua mera respiração arrastada de sono era tudo o que eu queria
a ignorância do dia não deixou, e roubou-te de novo.

Mal sabia se o som seco entre os nossos lábios era meu, ou teu,
Ou se era um eco comovido dos meus sonhos.

Não sei porquê, mas o sol enterrou-se nos terraços vizinhos,
e tu ainda não estás aqui.

Sem comentários: