quarta-feira, janeiro 3

Ela tinha medo de se prender, porque se habituou a que as pessoas levantassem voo. Eram sempre anjos. Eram sempre magos. E os tapetes mágicos não perdoam, um dia, têm de voar. E ela sabia disso. Mas no fundo, no fundo, o coração da princesa ainda não tinha aprendido a pensar assim. E por isso continuava sempre a apaixonar-se por seres mutantes, por problemas terminais, por cores desvanescentes. E também ela, como princesa de contos de fada, tinha sempre outros contos para viver noutro lado.

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