quarta-feira, março 22

Abolir qualquer coisa

Tinha calma.... respirava fundo... e punha a música mais alta que os seus demónios. Não chorava, mas as lágrimas caiam na mesma com a educação de sempre, escorrendo-lhe os cabelos despenteados. Já não queria ir de autocarro, e não entendia a dinâmica das mortes sucessivas que lhe afagavam os pêlos e lhe afogavam o coração. Tantos porquês. E já não havia calma, nem reflexão. As pernas, passo a passo, moviam-se mais depressa que o mndo. E a cabeça rodava mais depressa que o escape dos carros.

"Come. Come e dorme. Come, dorme e estuda. Sim, sim, sim... mas o importante come, dorme estuda."
E viver? Talvez viver nao seja preciso...
Ou talvez se resuma a outra coisa.

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