Uma noite...
No café, embrenhadas na habitual movimentação nocturnal. Discutiam ambas diversos e sempre inesgotáveis temas de conversa.
Foi quando, subitamente ela olhou para ele, tinha acabado de entrar, não o reconheceu imediatamente, mas num olhar mais atento viu aquele rosto familiar, costumavam ser amigos, muito tempo se passara desde que ela o vira pela última vez, provavelmente um ano, mas não sabia precisar. Estava muito diferente mais, mais velho, mas mais belo do que ela recordava.
Ele atravessou o café, passou em frente à mesa onde ela estava sentada sem lhe oferecer um único olhar, sentou-se muito perto, voltado de costas.
Bebeu qualquer coisa que ela não identificou, levantou-se com a mesma indiferença de minutos antes, atravessou novamente o café e, saiu.
Nessa noite já em casa, decidida, ela escreveu uma mensagem que lhe enviaria a ele, se o número ainda fosse o mesmo.
Só desejava uma explicação.
A mensagem foi entregue, mas só na noite seguinte teve uma resposta. Já nem a esperava. Não continha qualquer explicação, exigia apenas um encontro.
Sem comentários:
Enviar um comentário