terça-feira, agosto 1

Não...?

Também eu, como tu (na altura) preciso agora de instruções exactas.
Estímulos aos neurónios. Ligações cibernéticas à caixa-negra.
Relações de binómios.
grave ou agudo? Preto ou Branco? Ou preto no branco, ou branco no preto?

Vamos, desembucha!
Pucha pela cabeça e desenrola o pergaminho da imaginação!
Mas não muito... só o suficiente para me dizeres []sim []não.
Já estou farta de frases abertas, peças abertas, finais abertos e todos aqueles pozinhos de perlimpimpim que nos fazem voar pela abertura da parede (a janela, ou quem sabe a chaminé)
Por isso agora diz-me, ou é ou não é. Ou sim ou sopas. E não estou a falar de sopas de letras, intersecções de centenas de variáveis coladas e confusas.
Eu não preciso de muito. Sempre gostei bastante do cinzento. E do castanho, e do azul-bebé, e das cores todas, que merda! Mas agora, agora que me apercebi o quanto fui lerda este tempo todo digo-te assim:
Tivemos uma opurtunidade. E nem quero saber se a culpa é tua ou minha. Mas quero que me digas, sem ruído, num som compreensível ao meu ouvido surdo: pode ser como antes?
E da distância de onde estás os pinheiros sussurram aos grãos que saltitam na estrada.
Silêncio. Nada.
Sim[]
E de alguma forma, o lado abstracto das minhas unhas recusa-se a escrever o resto.

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