Uma coisa fácil, por favor, uma coisa fácil...
Debruçou-se sobre o lago para ver os peixes de longos bigodes, e depois girou nas sandálias vermelhas, fazendo rodar a saia de pregas. Os seus grandes olhos esbugalhados no azul claro da tarde dançaram entre as bonecas de crochet e a toalha de piquenique. Lá foi, saltitando e abanando os cachinhos alaranjados até à cesta adocicada. As formigas trepavam as dobras do vestido da mãe, adormecida de cansaço à sombra da árvore. Ela aninhou-se e colocou cuidadosamente o braço da sua mãe à volta dos seus ombros. E não pensava, mas devia... "Nunca vai ser mais fácil que isto".
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