sexta-feira, novembro 17

OD

Tudo nela se quebrava (gelo). Não doia, não ardia, Não inchava. Caía em cacos, não em lágrimas, não em gritos, mas em fúria (suor), uma fúria que a elevava no ar e a atirava contra o mundo empedrado (embrulhado a granito). E quem? Contra quem?
Ela quebrava e odiava o mundo por ser assim, e a ela por ter de ser diferente.

Estava bêbada. A espuma subia-lhe à cabeça enquanto dançava, serpenteava freneticamente a cintura e rodava depressa; os objectos já não eram estáticos: dançavam com ela, seguiam-na em rastos elásticos, eram como ela: erráticos, irregulares... STOP

Náuseas. A cabeça rodava parada e queria saltar. (Não Saltou) Mas a janela estava aberta e sentia-lhe o cheiro (A liberdade?)

"E não me digam que sou louca. Alimentaram-me a mentiras" Alimentaram-na a mentiras - bolorentas, apodrecidas.. "disseram-me que o mundo era" lindo? "mas" (parecia-lhe, quando o mundo lhe caiu das mãos escorregadias) "suadas ainda dos jogos de criança"

STOP

"mas eu quero existir" tu exites "quero existir mais" Ela quer e"ou então, ser ignorada" (nada) "porque já fingem que não existo, mas assim dói mais" excesso "não quero existir para existir tão pouco" shhh

PARA QUÊ QUE QUERES SOFRER? "eu não quero sofrer" (ela não quer sofrer) mas sofre "sofro" PARA QUE QUERES SOFRER? "Quero ser feliz!" PARA DE CHORAR "quero ser
feliz para sempre!" (Silêncio) Não podes ser feliz para sempre. "Mas vou ser. (e enquanto não for, vou chorar para sempre.) ou isso também não é possível?" entre parentises - não, isso é.

(Eco) Roubaste-lhe. Aquele que não teve tempo para se despedir. Não, não foi o outro. (roubaste-lhe a ela mesma). E ela quer ir a missa "chorar" porque chorar na igreja "dói menos" e a estabilidade sufoca de uma forma mais saudável.

A vida não é injusta só em poemas. E dói "dói, e a cabeça quebra"

"ODEIO-VOS. estou sozinha. fecham os olhos. E quando fingem, e me veem, ainda estou mais" SOZINHA. Dizia que importar-se não é perguntar o quê, é querer saber porquê. PORQUÊ? (não é perguntar, é querer, mas...) "Não sei."

"Emergir no vazio." Está tudo bem?

Mas ia tudo estar tudo bem (quando essa versão do tempo chegasse).

"Eu queria" Ela queria se "vingar do mundo" mas não tem coragem "força" - se não sentisse remorços...

E vltar a ser quem era quando era bebé e ainda não sabia quem era. "Porque era mais genuína" e feliz "e não pensava" e não sabia como agora "mas sorria" genuinamente "Não como tu" Não como eu. "Qualfoi a última vez que soubeste quem eras?" Qual foi a última vez que gostaste de quem és? "Quem sou?" (Ri)

E agora ri, e dança, até que a ressaca lhe lateje no cérebro e se lembre. "Mas a memória é fraca". Excesso de pensamento no sangue. Excesso de comprimidos na Mão. "Oh Deus". OD.

1 comentário:

Anónimo disse...

eu quero viver num sonho, queres vir?

:)