sábado, dezembro 9

Sem paciência

Estou literalmente entediada. Satisfeita com as tuas palavras repetitivas, agora, aborrecidíssima. Os teus gestos desgostam o meu paladar. A indigestão cobre-me os dedos dos pés e cansa-me os membros. Estou enjoada do teu olhar de raposa. E as tuas certezas esgotam-me a paciência. Não és (só) chato, ou triste, mas consomes qualquer chama desagradada que pudesse arder um grão de ciza entre nós. Enfastias qualquer dom. Enfadas-me as respostas. Angustias-me os novos calos. Chateias-me. Abusas da delicadeza. Amolas-me o juízo. Contrarias-me a imaginação. Entorpeces-me o zigue-zague dos dias, encavacas-me a pressão no cérebro, para não te dizer o que devo. E só quando a ressaca de ti já é insuportável (como tu) te posso dizer: sinceramente, não posso mais. A falta de originalidade dá-me náuseas. E o excesso de generalização rói-me os nervos. Infelizmente, não sou um balde do lixo para palavras e beijos. E estou farta.(Ui... vê lá se adivinhas)de ti.

1 comentário:

belchi disse...

hum...
sinto que devia dizer aqui qualquer coisa.
não sei é muito bem o quê.
=(