Jamais boneca de trapos
Ás vezes, quando quero descrever o que há de bom no mundo, penso em ti. Não é exagero, já te disse. Sabes que quem te vê, à primeira vista (cega) acha-te frágil. O teu corpo é demasiado esguio, os teus olhos demasiado sinceros, a tua pele demasiado branca - como uma boneca de porcelana (não de trapos). Quando sorris, o mundo todo sorri contigo. E quando falas, as palavras desviam coerentes os erros, e estás certa -mesmo quando não certa, correcta. Tens moral - e não daquelas morais enfadonhas e chatas de governantas engravatadas, mas uma moral suave e doce que nos faz sentir bem (porque sabemos que ainda existem pessoas como tu escondidas nos nós da vida). És linda, e podia não dizer mais nada. Mas a um olhar mais próximo vejo uma força oculta nas tuas mãos de artista, na tua palavra segura e convicções de carvão. Não há maior honestidade do que a da tua amizade, e uma devoção cuidada ao amor: uma busca incansada a algo que eu não sei bem o que é, mas confio que tu saibas: ou que venhas a saber! És a minha musa, porque quando oiço as palavras que dizes (e não dizes) e escreves (e não escreves) e pintas (e não pintas), vêm-me a cabeça o céu, e as nuvens, e as palavras deslizam pelos meus dedos como se não tivessem tempo sequer para me conquistar o pensamento. Este, mais sábio, vem depois do espanto: e aprecia-te com orgulho de seres um pouco minha, um pouco mulher, algo de princesa e algo de guerreira: um misto de pureza e filosofia, arte e amor, silêncio e segredos contados. Jamais boneca de trapos.
Gosto tanto, tanto de ti! Sim, acho que já percebeste isso. Sim, é verdade - adoro-te: e e para sempre, eu sei! Porque os laços que nos unem nem eu os sei. Não chores jamais, ou todo o mundo chorará contigo. O meu, pelo menos.
1 comentário:
As vezes à noite, quando o sono se esconde de mim e eu, procuro desesperadamente por ele, em vão, penso porque razão me foge. Sinto que ele não considera a minha consciência digna de merecer a sua paz e, que por isso me castiga.
Então, as minhas lágrimas libertam-se na escuridão para caminharem sem que ninguém as veja ou oiça.
Mas hoje não.
Não.
Hoje as lágrimas não são iguais às outras, são únicas e, não existem lágrimas que se lhes comparem em todo o mundo. E porquê?
…
Porque não existe mais ninguém como tu.
Ninguém capaz de escrever algo tão belo, tão forte e ao mesmo tempo tão frágil.
O meu sentimento por ti é infinito e, eu sei que também o sabes e sentes embora não existam palavras nem gestos que o possam descrever.
Quero que saibas que esse mundo de que tu falas também não o mesmo sem ti…
Quero que saibas…
Quero que saibas que és uma das melhores coisas do meu mundo.
Quero que saibas que te agradeço, mesmo sem saberes tudo o fazes ou não fazes por mim…
Quero que saibas…
Quero que saibas que hoje as minhas lágrimas são só tuas…
Enviar um comentário