A vida não é como nos filmes.
É muito mais fácil.
Os candeeiros caem no chão,
E os cortes incertos vêm - com manual de instrução;
As rimas pobres vendem-se em livros abertos,
Os tubarões têm certos gostos,
E os aviões perfuram as nuvens quase todos os dias.
A vida verdadeira é muito mais simples,
Os ricos têm requintes,
E os pobres nem tanto.
E o sentimento é de um lado,
Enquanto o pensamento é enterrado,
Noutra caixinha.
E nesta minha prespectiva momentânea,
A colectânia de livros do supermercado,
é muito mais simples que qualquer best-seller
tentativa de um personagem frustrado.
Não me sinto inspirada, deparada com estas rimas putas
E as suas lutas fúteis de brotar entre as letras.
Tretas.
Quem complica a vida somos nós,
E os filmes, como produtos sós da nossa interpretação,
têm de ser complexos.
E é tão simples,
simplesmente, nós temos de ser complicados
Para podermos ser genuínos.
(E isto, meninas e meninos, senhores e senhoras, é o pensamento das duas e vinte e quatro)
terça-feira, dezembro 19
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1 comentário:
A vida não é como nos filmes, mas se nos filmes a vida fosse simples, então não eram filmes, eram vida real... Por isso os filmes são complicados e as pessoas, querendo que as suas vidas sejam como nos filmes, complicam tudo, transformando o pequeno em grande, o fácil em difícil, o simples em complexo... Porque só assim podemos "ser genuínos".
Gostei ;)
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